Resoluções Ensino Médio – Livro 1 1
HISTÓRIA
Capítulo 1
Por que estudar História?
Agora é com você (p. 6)
01- O tempo da natureza é aquele que se baseia nas transformações naturais, como as estações do ano, a época
da colheita e da plantação etc. Já o tempo cronológico
é o que se organiza a partir de sistemas de calendário,
como o calendário gregoriano, utilizado pela maior parte
das sociedades contemporâneas. Finalmente, o tempo
histórico é aquele utilizado pelos historiadores para analisar os processos ocorridos ao longo da história e a maneira
como as sociedades humanas se transformam ao longo do
tempo.
02- Hobsbawm afirma que os historiadores não podem prever inteiramente o futuro, já que os acontecimentos são
imprevisíveis, mas que é possível identificar elementos
relevantes do passado para ajudar a refletir sobre o futuro.
03 Os conhecimentos históricos podem ajudar a identificar a
relação entre o que ocorreu ao longo do tempo e o que
poderá ocorrer no futuro. Assim, o historiador é capaz de
identificar elementos relevantes do passado para fazer
algumas previsões, mesmo que estas sejam incapazes
de realmente apresentar as características sociais que se
desenvolverão no futuro.
Agora é com você (p. 10)
01 As fontes históricas são todo tipo de evidência produzida pelas sociedades humanas ao longo do tempo. Elas
podem ser agrupadas em fontes escritas, fontes visuais,
fontes materiais e em cultura imaterial.
02 Resposta pessoal. Espera-se que os alunos elaborem
relações entre o passado e o presente e reflitam sobre as
noções de permanência e ruptura. Com base nisso, é possível refletir sobre as características da sociedade e sobre
quais elementos deveriam ser transformados e quais deveriam, no futuro, ser mantidos.
03 A aquarela apresentada pode ser considerada uma fonte
histórica, pois é uma evidência elaborada por um artista,
que viveu em um contexto social e temporal específico
04 A aquarela fornece diversas informações, tais como aspectos da natureza brasileira no início do século XIX, e indica
a existência de técnicas de pintura realista, capazes de
representar a natureza; além disso, a obra também revela
a preocupação de naturalistas em produzir, entre outros
elementos, representações do meio ambiente.
Agora é com você (p. 12)
01 Por maior que seja o número de fontes pesquisadas por
um historiador, o conhecimento histórico nunca poderá
recuperar integralmente o passado. Por isso, os historiadores elaboram interpretações provisórias do passado, as
quais podem ser modificadas por meio de novos estudos
e interesses do presente. Por essa razão, pode-se dizer
que o conhecimento histórico é sempre uma representação do passado.
02 O conhecimento histórico é uma forma de preservar a
memória social de acontecimentos e processos históricos
importantes, o que ajuda a fortalecer as práticas de cidadania e a luta política de diferentes grupos sociais no presente.
ATIVIDADES PARA SALA
01 A
imagem fornece informações relacionadas ao trabalho
nas fazendas de café durante a vigência da escravidão;
à maneira como as pessoas escravizadas se vestiam no
período; ao desenvolvimento tecnológico (como a presença da fotografia na sociedade brasileira da segunda
metade do século XIX); à importância econômica do café;
entre outros elementos.
02 Resposta pessoal. É importante que os alunos reflitam
sobre as informações da imagem e sobre a maneira como
o historiador poderia lidar com essas informações. Seria
possível se questionar sobre o que gerou o interesse em
produzir uma fotografia como essa ou ainda se a imagem é
favorável ou crítica ao regime escravista, entre outras possibilidades.
03 No que se refere à questão da representação, um aspecto
importante a ser observado é o fato de que as pessoas
que foram fotografadas estão posando para a imagem.
Além disso, podem-se destacar também as escolhas do
fotógrafo, que decidiu criar determinada representação
por meio de sua fotografia.
04 E
Segundo a ideia trazida pela questão, passado e presente
são dimensões que dialogam entre si, já que o presente é formado por aspectos construídos no passado. Portanto, para o
historiador, cuja existência está vinculada ao momento atual,
a compreensão do passado sem a devida preocupação com
o presente resultaria em uma atividade vazia de sentido.
05
C
A
crítica de Brecht incide sobre o fato de que a memória das
sociedades eternizam apenas seus líderes políticos e religiosos, em detrimento do conjunto mais amplo da sociedade, principalmente dos trabalhadores que efetivamente
construíram as grandes obras nos mais variados contextos
históricos. Esse posicionamento revela que a Memória e a
História são objetos de poder e que suas narrativas existiam
– e ainda existem – para, em grande parte, elevar o prestígio de reis, famílias e grupos sociais influentes.
ATIVIDADES PROPOSTAS
01 C
O processo de construção do conhecimento histórico
requer a reflexão sobre os diferentes aspectos do passado
e os meios pelos quais tais aspectos e saberes foram produzidos e reproduzidos até o presente. Desse modo, os
critérios teóricos e metodológicos usados pelo historiador
são fundamentais para a interpretação do passado.
02 C
A História, enquanto saber científico reformulado no
século XX, foi constituída sob a necessidade de que o
conhecimento por ela elaborado tivesse por base a pesquisa, a seleção, a análise e a interpretação de vestígios
fragmentados do passado vivido pelos diversos grupos
humanos ao longo do tempo.
03 D
Tucídides reflete que, embora a busca pela avaliação criteriosa dos fatos históricos não seja uma tarefa fácil, ela é
necessária para a melhor compreensão dos eventos passados. Nesse sentido, apesar das dificuldades do ofício, o
historiador não deve se afastar do seu compromisso com a
verdade.
04 D
A periodização da história humana constitui-se em caracterizar períodos históricos que têm acontecimentos como
marcos delimitadores de suas divisões cronológicas. Deve-
-se ressaltar que a divisão apresentada na questão reflete
apenas o modo como a Europa Ocidental do século XIX,
época em que essa periodização foi estabelecida, enxergava sua própria história, não podendo ser generalizada
para outras culturas.
05 B
A concepção de tempo linear, a ênfase nos homens ligados às decisões políticas nos Estados como únicos sujeitos
históricos e em suas ações heroicas marcadas no tempo,
bem como a crença no exercício da neutralidade e da
objetividade na análise do passado são elementos característicos da História enquanto ciência moderna, por ocasião de sua formação na Europa do século XIX.
06 B
A noção de que o trabalho do historiador é neutro, puramente objetivo e está isento de qualquer influência do
presente é contrastada pela perspectiva de que a subjetividade é um elemento inerente à reflexão do historiador,
de modo que o lugar de fala e o posicionamento diante de
questões do presente acabam influenciando no processo
de construção do conhecimento histórico.
07 A
Diferente da noção de fato histórico como um acontecimento de grande impacto sobre uma sociedade, a ideia
existente no texto compreende o fato histórico como algo
presente no cotidiano, o qual é permeado de historicidades, isto é, tem nos sujeitos históricos comuns – nas suas
trajetórias, lutas, espaços de sociabilidade etc. – a matéria
da reflexão sobre as variadas dimensões da vida social da
qual fazem parte.
08 C
A relação do historiador com o arquivo remete à maneira
como ele seleciona as fontes para a construção da análise
e da narrativa do passado. No texto, a autora alerta para
o fato de que as fontes não são um conhecimento absoluto, embora sejam indispensáveis para a pesquisa. Dessa
forma, o arquivo ou a fonte precisam ser questionados e
confrontados, já que suas informações representam apenas uma parcialidade do passado.
09 D
Marc Bloch apresenta uma visão crítica quanto ao exercício da busca pelas origens, pois considerar que existe um
momento exato de surgimento de um aspecto histórico-cultural, o qual rompe com tudo o que havia antes, desconsidera as mudanças que ocorrem em uma perspectiva
de longo prazo.
10 B
Marc Bloch pertence a uma corrente de pensamento historiográfico que ampliou a noção de fonte histórica, admitindo outros elementos que pudessem informar sobre a
história dos homens na sociedade, além daqueles materiais em suporte escrito e produzidos por instituições de
poder, como a Igreja e o Estado.
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